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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Objeto para si

Ao longo desses dias vimos expondo textos e links interessantes sobre Mies e seus projetos, isso faz parte do objeto em si, que é a forma objetiva e direta (como se deu, porque se deu, quando se deu), sem nenhum tipo de reflexão ou aprofundamento.

Depois de estudo feito pudemos, com as nossas próprias palavras, dizer o que pensamos de todo esse conjunto de informações. Aqui vai um trecho do trabalho:

O depuramento de Mies tornou-se sua maior característica, fazendo de sua arquitetura um objeto de estudo da forma. Sua obsessão era dar vida ao espaço, tornando cada vez mais intenso e puro seu objeto. Usando a superfície plana, integrava o espaço interior de forma contínua

As fachadas de vidro e as estruturas de aço independentes das paredes davam leveza ao ambiente. Mies conseguiu aliar junto ao seu perfeccionismo e disciplina uma arquitetura que unia as formas mais simples da geometria e a transparência do vidro, onde interior e exterior conversam delicadamente. Suas divisórias e mobiliário tem de fato seu pensamento, seu conceito, sua personalidade.

O cuidado com a proporção, a estrutura e o material estão ligados de maneira direta, porém com o passar do tempo os materiais diferenciam-se, mas ainda atendendo à princípios que ele nunca abandona, como por exemplo, a limpeza e clareza nos seus ambientes. O pavilhão de exposição alemão, projetado em1929, é um exemplo disto. É a partir dele que Mies ganha maior notoriedade no mundo, como foi lido no livro Plantas, cortes e elevações de Richard Weston, “vários historiadores e críticos declararam que era "o prédio mais belo do século””.

O edifício nos dá uma sensação de amplitude, de abstração espacial, que é livre de um contexto, essas percepções são possíveis por conta da fluidez do espaço, característica imprescindível no trabalho de Mies.

As fachadas limpas, a leveza, a simplicidade e a elegância da obra, sem dúvida é o que salta aos olhos, tanto para leigos como para críticos estudiosos.

Posteriormente, analisando a obra com alguma experiência, conhecendo o ponto de vista do arquiteto a obra se torna ainda mais fascinante. A escolha dos materiais feita minuciosamente, aliando-se aos espelhos d'água nos proporciona um jogo de reflexos entre visitantes e o pavilhão, além dar um aspecto mais confortável ao ambiente.

É um edifício bem marcante, porém muito sutil, pelas suas formas e pela sua imponência, por está localizado em um plano elevado distante do solo em pendente onde se apóia, como um templo, já os pilares não parecem fazer força alguma para sustentar toda a estrutura. Todo esse conjunto que se encontra em perfeita harmonia, parece estar isento de qualquer rejeição.

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