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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Conclusões

No trabalho apresentado aprendemos todo um contexto histórico que nos proporcionou entender a evolução da arquitetura moderna, nos apresentando nomes e obras de vários dos principais arquitetos, porém com maior enfoque no arquiteto Ludwig Mies Van Der Rohe, podendo assim compreender melhor sobre sua vida, obra e estilo.

Em conseqüência disso, depois de adquirida algumas informações, decidimos analisar mais à fundo uma de suas principais obras, ícone da arquitetura modera, o Pavilhão de Barcelona.

Podemos observar todo o desenvolvimento dessa obra, através de pesquisas em livros, sites e com a construção de uma maquete, em que podemos assimilá-la da melhor forma, o que, sem dúvida, vai acrescentar à experiência de cada um.

Maquete !



Finalmente pronta !

Pena que não tivemos tempo de comprar o acetato ou algum material que pudesse representar o vidro, como a professora disse, traímos o Mies; mas o resultado final ficou ótimo, já é uma evolução diante das maquetes escolares de isopor ..

Mies, Le Corbusie e Frank




Já em um contexto mais amplo, pode-se nivelar Mies Van der Rohe no mesmo padrão em que estão Le Corbusier e Frank Lloyd Wright. Os três são grandes nomes da arquitetura moderna partem de alguns princípios parecidos, como o minimalismo, a questão da funcionalidade e da planta livre; porém cada um com a sua distinção

No cuidado com a proporção Mies se parece com Le Corbusier, pois buscam de maneira independente reaver as proporções, as medidas não apenas como medidas, mas sim, com todas as suas propriedades quantitativas e qualitativas. A obra de Le Corbusier é baseada no funcionalismo, planta livre da estrutura, fachada livre e acreditava que todas as fachadas deveriam levar sol, por questão até mesmo de salubridade. Mies também parte de um princípio funcionalista e planta livre da estrutura, é uma grande característica dos dois.

Foto: Na oredem, Van der Rohe, Le Corbusier e Frank lloyd, todos com características de utilização de um espaço funcional e da planta livre, porém cada um com estilo próprio.

Porém, existe uma diferença, enquanto Le corbusier é de opinião que a nova arquitetura tem que inspirar-se na produção industrial própria do século XX, define a vivenda como uma máquina de habitar para construir em série. Acredita na construção como uma combinação de escultura e engenharia, eram edifícios moldados, com textura. Enquanto o Mies tinha sua arquitetura leve e elegante.

O sentido minimalista e de espaços fluidos que Mies dá a sua arquitetura também pode ser encontrado na obra de Frank Lloyd Wright, quando se diz respeito ao interior das edificações, possui uma estrutura livre de paredes, permitindo fluidez nos espaços. Uma característica marcantes dos dois é o minimalismo, fachadas limpas e uso de materiais precisos. Frank. Estas casas eram de estruturas horizontalizadas baixas, com telhados inclinados, silhueta simples e limpa, com chaminés disfarçadas, saliências e terraços, utilizando-se materiais rústicos. Aparentemente estas casas são as primeiras a apresentarem o sistema de planta aberta, ou seja, a estrutura é livre das paredes permitindo múltiplas opções de divisões internas. Já Mies costumava utilizar materiais novos, como aço e vidro, característicos da era industrial. A escolha do material era muito importante.

Pavilhão e Casa Farnsworth






Mies projetou o pavilhão de representação como a casa da Alemanha, onde receberiam visitantes do mundo inteiro. É possível até, fazer um paralelo entre o pavilhão e a Casa Farnsworth, apesar de ter sido realizada posteriormente, é notório as semelhanças entre ambos. São utilizados os mesmos ideais, a coberta é apenas uma laje suportada por pilares em aço cruciformes, com estrutura rica em detalhes. Esses pilares são separados das paredes, que quase não são utilizadas, e servem apenas para dividir alguns ambientes.


Fazem uso de grandes esquadrias de vidro que permite a ligação com o exterior e o interior da casa, e possui uma grande fluidez entre os espaços (justamente por conta da pouca utilização de paredes, os elementos normalmente são divididos por um móvel ou até mesmo por um tapete.). Possuem um desnível significativo, o edifício fica elevado, o que os torna mais elegante.

Objeto para si

Ao longo desses dias vimos expondo textos e links interessantes sobre Mies e seus projetos, isso faz parte do objeto em si, que é a forma objetiva e direta (como se deu, porque se deu, quando se deu), sem nenhum tipo de reflexão ou aprofundamento.

Depois de estudo feito pudemos, com as nossas próprias palavras, dizer o que pensamos de todo esse conjunto de informações. Aqui vai um trecho do trabalho:

O depuramento de Mies tornou-se sua maior característica, fazendo de sua arquitetura um objeto de estudo da forma. Sua obsessão era dar vida ao espaço, tornando cada vez mais intenso e puro seu objeto. Usando a superfície plana, integrava o espaço interior de forma contínua

As fachadas de vidro e as estruturas de aço independentes das paredes davam leveza ao ambiente. Mies conseguiu aliar junto ao seu perfeccionismo e disciplina uma arquitetura que unia as formas mais simples da geometria e a transparência do vidro, onde interior e exterior conversam delicadamente. Suas divisórias e mobiliário tem de fato seu pensamento, seu conceito, sua personalidade.

O cuidado com a proporção, a estrutura e o material estão ligados de maneira direta, porém com o passar do tempo os materiais diferenciam-se, mas ainda atendendo à princípios que ele nunca abandona, como por exemplo, a limpeza e clareza nos seus ambientes. O pavilhão de exposição alemão, projetado em1929, é um exemplo disto. É a partir dele que Mies ganha maior notoriedade no mundo, como foi lido no livro Plantas, cortes e elevações de Richard Weston, “vários historiadores e críticos declararam que era "o prédio mais belo do século””.

O edifício nos dá uma sensação de amplitude, de abstração espacial, que é livre de um contexto, essas percepções são possíveis por conta da fluidez do espaço, característica imprescindível no trabalho de Mies.

As fachadas limpas, a leveza, a simplicidade e a elegância da obra, sem dúvida é o que salta aos olhos, tanto para leigos como para críticos estudiosos.

Posteriormente, analisando a obra com alguma experiência, conhecendo o ponto de vista do arquiteto a obra se torna ainda mais fascinante. A escolha dos materiais feita minuciosamente, aliando-se aos espelhos d'água nos proporciona um jogo de reflexos entre visitantes e o pavilhão, além dar um aspecto mais confortável ao ambiente.

É um edifício bem marcante, porém muito sutil, pelas suas formas e pela sua imponência, por está localizado em um plano elevado distante do solo em pendente onde se apóia, como um templo, já os pilares não parecem fazer força alguma para sustentar toda a estrutura. Todo esse conjunto que se encontra em perfeita harmonia, parece estar isento de qualquer rejeição.

O Prêmio de Arquitetura Contemporânea Mies van der Rohe


É o mais importante galardão da arquitetura européia outorgado pela Fundação Mies van der Rohe, entidade com sede em Barcelona e criada em 1983 pela junta daquela cidade, com o objetivo de recuperar o pavilhão alemão desenhado pelo arquiteto Ludwig Mies van der Rohe (18861969) para a exposição internacional de 1929.

Instituído em 1988, o Prêmio Mies van der Rohe foi ganho na sua primeira edição pelo arquiteto português Álvaro Siza, com o edifício Borges & Irmão, em Vila do Conde. O prêmio é atribuído de dois em dois anos, e é fruto de uma parceria entre a fundação e a Comissão Européia.

Wikipédia.

Foto: Edifício Borges & Irmão de Álvaro Siza.

Conjunto habitacional Weissenhof

Um dos principais exemplos do Neues Bauen é a exposição de arquitetura no Weissenhofsiedlung em Stuttgart. Chefiados por Mies van der Rohe, 17 arquitetos de diversos países, entre eles Peter Behrens, Walter Gropius e Le Corbusier, desenvolveram projetos para a mostra de 1927. Mais de 500 mil pessoas visitaram, naquele ano, os 21 prédios da exposição de arquitetura, construída para se tornar um exemplo de morada para o homem moderno das grandes cidades.

Com plantas baixas flexíveis, os arquitetos da Bauhaus tentaram criar aí uma atmosfera saudável, plena de luz e ventilação. Em comum, estavam a superação do ecletismo arquitetônico, a junção da arquitetura com a vida e o emprego de novas técnicas e
novos materiais. Sua arquitetura era cúbica e sem ornamentos. Um mínimo de forma deveria garantir o máximo de liberdade.

Weissenhof caiu em desgraça após 1933. Criticado pelos nazistas como uma “vergonha”, “subúrbio de Jerusalém” ou “cidade de árabes”, a Segunda Guerra lhe poupou a demolição. O conjunto habitacional foi restaurado nos anos de 1980 e recebe, anualmente, milhares de turistas. O mesmo aconteceu com o prédio de Gropius em Dessau: restaurado entre 1996 e 2006, o edifício da Bauhaus é, hoje, Patrimônio Cultural da Humanidade.

Retirado do site : http://www.arqbrasil.com.br/_arqdoc/text/014%20bauhaus_arqalemanha.htm


terça-feira, 18 de maio de 2010

Sobre a estrutura !






Curiosidade de dois pilares: Um é o da Casa Farnsworth e o outro é o do próprio Pavilhão de Barcelona.
O motivo é mostrar a exclusividade que Mies passava para cada um de seus projetos e como, para ele, nada podia ser tão básico quando se está diante dos nossos olhos.
Isso mostra como um simples elemento de suporte, na mão e na imaginação desse gênio, ganha destaque dentro de uma obra que já se destaca sozinha.


Fotos retiradas do site Wikipédia (www.wikipedia.com.br)

domingo, 16 de maio de 2010

Vídeos

Aqui são alguns vídeos que nos ajudaram a compreender a evolução da Bauhaus!

http://www.youtube.com/watch?v=GcABkZf75yk&feature=channel

http://www.youtube.com/watch?v=1ZEobzOmnbs&feature=related




* vídeos retirados do site Youtube.

Fachadas, Planta Baixa e Implantação

Planta Baixa
Implantação

Fachadas

Algumas figuras que usamos para entender como se comporta o Pavilhão!



terça-feira, 11 de maio de 2010

Mobiliários

Logo após Mart Stam ter lançado sua cadeira, Mies van der Rohe apresentou sua versão de cadeiras de consola, na Deutcher Werkbund Exhibition de 1927. Desenhou também uma versão mais ampla e profunda para sala de estar.A cadeira Brno foi desenhada para a sala de jantar na casa "Tugenhat"em Brno, Checoslováquia.Phillip Johnson, arquiteto americano, escolheu a versão com estrutura em aço chato para o restaurante Four Seasons em New York, tornando-a muito popular.Mies criou a Barcelona, considerado por muitos seu melhor trabalho como mobiliário, para o pavilão alemão na exposição de Barcelona de 1929. A base usa a chamada curvascyma recta, uma na cadeira e duas no banco, seguindo a forma da base de um um banco antigo chamado stella cirullis. Assim como Mies inspirou-se em um banco antigo no desenho da cadeira Barcelona, o seu daybedlembra desenhos antigos. Embora inspirando-se em formas antigas, ele criou móveis extraordinariamente modernos e clássicosMais abaixo temos a mesa normalmente referida como Barcelona, que foi na realidade criada para a casa "Tugendhat".





Mies: Estados Unidos


Mies abandonou a sua Pátria em 1937, quando se desvaneciam as hipóteses de continuar aí a sua carreira. Quando chegou aos Estados Unidos, depois de 30 anos de prática na Alemanha, já era considerado pelos promotores americanos do Estilo Internacional como um pioneiro da arquitectura moderna. Em 1947, já o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque lhe dedicava uma retrospectiva. É, de facto, no seu país de adopção que encontra todas as condições para promover de fato suas experiências com uma possível industrialização da arquitetura e da construção: um mercado capitalista muito mais desenvolvido que o alemão, com fortes demandas por novas tipologias imobiliárias e desenvolvimento tecnológico razoável. No entanto, alguns críticos apontam este momento da obra de Mies como um desvirtuamento do projeto social-democrata em curso nos anos da Bauhaus.
Pouco depois de projectar um complexo residencial no
Wyoming, recebeu uma oferta para dirigir a escola de arquitectura do Chicago's Armour Institute of Technology, mais tarde renomeado como Illinois Institute of Technology - IIT ("Instituto de Tecnologia de Illinois"). Uma das condições para a aceitação do cargo consistia em que o projecto para os novos edifícios do campus universitário lhe fosse adjudicado. Alguns dos seus edifícios mais afamados situam-se aí, incluindo o Crown Hall, sede do Departamento de Arquitectura do IIT. Lecionando aí, Mies torna-se também responsável pela gênese de toda uma geração de arquitetos norte-americanos funcionalistas, especialmente voltados para a construção dos arranha-céus demandados pelas empresas do país.
Em
1944, tornou-se cidadão dos Estados Unidos da América, rompendo formalmente os laços com a Alemanha.
Os trinta anos de carreira que se seguiriam são considerados os anos da sua maturidade criativa, sendo o período em que desenvolveu esforços mais consistentes na prossecução dos seus objectivos para a nova arquitectura do
século XX. Fez convergir o seu trabalho para a definição de largos espaços "universais" inseridos em suportes estruturais claramente ordenados, recorrendo a molduras de perfis manufacturados preenchidas com tijolo ou vidro. Os seus primeiros projectos para o campus da IIT e para Herb Greenwald revelou ao mundo arquitectónico norte-americano um estilo que parecia o resultado natural da progressão do estilo da Escola de Chicago, então um pouco esquecida.

Entre 1946 e 1951, Mies projectou e construiu a icónica Casa Farnsworth, uma casa de fim de semana que deveria servir de retiro, nos arredores de Chicago, para a médica Edith Farnsworth e que se tornaria uma das principais obras de referência da arquitectura moderna. Aqui, Mies explorou a relação entre o indivíduo, o seu abrigo e a natureza. A casa concretiza a visão amadurecida de Mies para o que deveria ser a arquitectura da sua época: uma estrutura minimalista limitada à pele e esqueleto do edifício, usando materiais que representavam os novos tempos, permitindo a definição de um espaço ordenado de forma clara, simples, inteligível e fluida, com uma disposição que sugerisse liberdade de utilização. O suporte estrutural rigorosamente concebido e as paredes totalmente de vidro definem um espaço interior cúbico simples, permitindo que a natureza e a luz o envolvam de facto. Este pavilhão de vidro ergue-se cerca de 1,5 m acima da planície aluvial do rio Fox e é rodeado por florestas e prados. Um núcleo de painéis de madeira, para arrumações, cozinha, lareira e casa de banho está posicionado neste espaço aberto de forma a definir a área de estar, comer e dormir sem a necessidade de recorrer às típicas paredes e quartos individualizados. O invólucro de vidro não tem qualquer género de partição. Cortinados a toda a altura, dispostos por todo o perímetro permitem a privacidade necessária, quando desejada. A casa tem sido descrita por muitos como "sublime", "um templo pairando entre a terra e o céu", "um poema", "uma obra de arte". A influência desta obra pode verificar-se pela quantidade de "casas de vidro" modernistas, das quais a mais notável talvez seja a de Philip Johnson, localizada junto de Nova Iorque, pertencente actualmente ao National Trust for Historic Preservation.

Em 1958, Mies van der Rohe projectou o que veio a ser considerado por muitos como o auge da arquitectura funcionalista para arranha-céus: o Edifício Seagram (FOTO), em Nova Iorque. Mies foi escolhido para o projecto pela filha do cliente, Phyllis Bronfman Lambert, que também tinha alguma notoriedade no meio aquitectónico dos Estados Unidos. O edifício tornar-se-ia um ícone representativo do poder crescente das corporações empresariais, que viria a definir o próprio século XX.
Numa decisão audaciosa e inovadora, Mies revolucionou o padrão construtivo novaiorquino ao deixar livre metade do terreno dedicado à obra, definindo uma praça com fonte para usufruto público em
Park Avenue em frente ao edifício que se assumia como uma leve estrutura de metal e vidro. Ainda que hoje esta seja uma solução arquitectónica largamente aclamada, Mies teve de convencer os gestores da família Bronfman de que a ideia de libertar espaço em frente ao edifício era, não só viável, como benéfica para a imagem da companhia. O projecto caracteriza-se por uma cortina de vidro, com perfis de bronze a cobrir a estrutura de aço.
Philip Johnson participou na selecção de materiais interiores e no projecto da praça, sendo também o autor do faustoso restaurante "Four Seasons". O Edifício foi ainda pioneiro na construção "
fast-track", em que a execução das fases de desenho e construção é simultânea, de modo a terminar mais rapidamente a obra. O protótipo do Edifício Seagram foi posteriormente adaptado em vários arranha-céus de escritórios modernos como no Dirksen and Klusinski Federal Buildings, no Post Office (1959), na Praça IBM em Chicago, no Toronto-Dominion Centre em 1967, em Toronto, e na Westmont Square, em Montreal.

Mies projectou ainda uma série de apartamentos em altura, destinados a famílias da classe média, para o construtor Herb Greenwald e para seus herdeiros, após sua morte prematura numa queda de avião. As torres Lake Shore Drive 860/880 e 900/910, junto à costa lacustre de Chicago, com fachadas de vidro e aço, constituíram uma completa reviravolta na construção de apartamentos, tipicamente construídos com tijolo. É interessante notar que o próprio Mies considerou as unidades habitacionais demasiado pequenas para si, tendo continuado a viver noutro luxuoso apartamento, relativamente perto deste conjunto de edifícios. Também estas torres se tornaram num protótipo para outros projectos de unidades de habitação colectiva, desenhados pelo atelier de Mies.
De
1951 a 1952, o atelier foi responsável pela construção da Casa McCormick, uma estrutura de tijolo, aço e vidro, localizada em Elmhurst, Illinois, a 15 milhas a oeste do Chicago Loop), para o construtor Robert Hall McCormick Jr. Constitui, de facto, uma versão de um só andar da cortina de vidro do conjunto 860-880 das torres de Lake Shore Drive e serviu como protótipo para uma série de projectos especulativos, nunca construídos, para Melrose Park, no Illinois. A casa faz parte, hoje em dia, do Elmhurst Art Museum.

O último trabalho de relevo de Mies foi a Neue Nationalgalerie em Berlim, que é considerado uma das mais perfeitas expressões da sua abordagem arquitectónica. O pavilhão superior é constituído por uma estrutura precisa de aço com invólucro de vidro, que na sua simplicidade revela perfeitamente a força estética e funcional das ideias de espaço interior flexível, aberto e sem cargas desnecessárias impostas pela ordem estrutural externa.
Mies teve um papel relevante enquanto educador no âmbito da arquitectura. Acreditava que as suas idéias podiam ser ensinadas de forma objectiva. Trabalhou intensivamente em soluções prototípicas que poderiam ser aplicadas de forma livre pelos seus discípulos, adaptando-as a situações específicas, sob a sua supervisão. O facto de nem sempre se terem conseguido, assim, obras de qualidade aceitável levou Mies a considerar que existia alguma falha na sua teorização em relação à nova teoria, que deveria ser facilmente aplicada a novas situações.


Texto retirado do site wikipédia.

Formação

Quando jovem, trabalhou na empresa de cantaria do seu pai, antes de se mudar para Berlim onde começou a trabalhar com o designer de interiores Bruno Paul. Em 1908 ingressou no estúdio do proto-modernista Peter Behrens, do qual se tornou discípulo. Aí permaneceu até 1912, entrando em contacto com as teorias de design em voga e com a cultura alemã progressista. O seu talento foi rapidamente reconhecido e começou desde cedo a receber encomendas apesar de não ter graduação académica formal. Com uma presença física impressionante e com modos reticentes e ponderados, Ludwig Mies decidiu reformular o seu próprio nome de modo a adequar-se à rápida mudança de estatuto, de filho de um comerciante para arquitecto reconhecido pela élite cultural berlinense, acrescentando o sobrenome, de ressonância aristocrática, "van der Rohe".
Começou a sua carreira profissional independente projectando casas para clientes de classes altas. Seguia então estilos domésticos da tradição alemã, demonstrando profundas influências do mestre do
neoclassicismo prussiano do início do século XIX, Karl Friedrich Schinkel, de quem admirava as grandes proporções e os volumes simples e cúbicos, ao mesmo tempo que controlava as novas possibilidades estruturais decorrentes do avanço tecnológico e se libertava dos tiques ecléticos e desordenados do classicismo, próprios do virar do século.
Depois da Primeira Guerra Mundial, Mies começa, pois, a afastar-se dos estilos tradicionais e a receber influências do neoplasticismo, formado em 1917, e do construtivismo russo, que nele fazem germinar o espírito modernista, em busca de um novo estilo arquitectónico para a era industrial.
Os estilos tradicionais há muito que eram alvo de críticas dos teóricos progressistas, principalmente pelo seu uso de ornamentações sem qualquer relação com as estruturas modernas de construção dos novos edifícios. Tais críticas receberam especial credibilidade com o desastre da
Primeira Guerra Mundial, considerada então como o falhanço da liderança imperial européia. O revivalismo clássico foi então repudiado por muitos, ao ser identificado com a arquitectura do sistema aristocrático, agora em descrédito.
O seu estilo começa, então, a patentear influências como o
Expressionismo, o Suprematismo, o Construtivismo russo (construções escultóricas e eficientes, usando materiais industriais modernos) e o Grupo holandês De Stijl. Bruno Zevi identifica o Pavilhão de Barcelona como a súmula deste movimento, ao descrevê-lo como "Painéis de travertino e mármore, lâminas de vidro, superfícies de água, planos horizontais e verticais que quebram a imobilidade dos espaços fechados, rompem os volumes e orientam o olhar para vistas exteriores". Foi também influenciado por Frank Lloyd Wright, com os espaços fluidos próprios do estilo presente nas suas Casas da Pradaria.
De forma ousada, abandonou por completo a dependência de qualquer ornamentação e, em
1921, projectava um impressionante arranha-céu de vidro e metal, seguindo-se uma série de projectos pioneiros que culminariam no Pavilhão Alemão de Barcelona, estrutura temporária para a exposição de 1929 (reconstruído actualmente na sua localização original), e na Villa Tugendhat em Brno, terminada em 1930, onde utilizou superfícies de cimento armado. Entre 1918 e 1925 participou do Novembergruppe, um grupo de industriais que atuaram como mecenas para uma nova geração de arquitetos dedicados à divulgação da arquitetura moderna). Durante esse período trabalhou em proximidade com Lilly Reich.
Em Julho de
1923, participou no primeiro número da Revista G (abreviação de Gestaltung), onde se mostra menos ligado aos princípios expressionistas e mais voltado para a objectividade construtiva. Ganhou, igualmente, proeminência no universo da arquitectura ao ser convidado pela Deutscher Werkbund para planear o complexo habitacional modernista Deutsche Werkbund Weissenhofsiedlung, em Estugarda, além de um grupo de edifícios residenciais na colina de Weissenhof, para uma exibição aberta ao público durante o verão de 1927.
Em termos políticos, o período alemão de Mies caracteriza-se pela militância
socialista, bem ilustrada pelo seu projecto para o Denkmal für Rosa Luxemburg und Karl Liebknecht (Monumento a Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht), onde o Partido Comunista pretendia homenagear os seus heróis. O monumento, construído graças ao dinheiro obtido pela venda de postais com o modelo do projecto, constava de um memorial constituído por tijolos irregulares, compostos em volumes paralelepipédicos formando um muro de 12 metros de comprimento, 4 metros de largura e 6 metros de altura, lembrando todos os que morreram fuzilados, contra paredes, lutando pela Revolução. O monumento foi posteriormente demolido pelas forças nazistas. Apesar disso, quando de seu posterior cargo de direção na Bauhaus, foi um dos professores que determinuou a expulsão dos estudantes de orientação comunista daquela instituição, os quais começavam a incomodar os governos locais, além de alterar os rumos políticos que a escola tomava, desviando da proposta anterior de Hannes Meyer, mais politizada.
Texto retirado do site wikipédia.

Residência Farnsworth: Uma das principais obras de referência da arquitectura moderna projetada por Mies.



A residência Farnsworth (como é conhecida, devido ao seu primeiro proprietário, mas também chamada por alguns como a casa de vidro de Mies van der Rohe) está localizada na cidade de Plano, Illinois, nos EUA.
A residência foi projetada pelo
arquiteto moderno Ludwig Mies van der Rohe e é considerada por alguns de seus críticos sua obra máxima: nela ele pôde aplicar uma série de conceitos nos quais estava trabalhando em toda a sua carreira.
As principais características do projeto são a transparência (resultado do intenso uso da vedação em vidro), a fluidez dos espaços e a aparentemente inexistente conexão público-privado. Seu desenho é composto por linhas mínimas, uma linguagem de planos superpostos e a ilusão de que ela está flutuando sobre o solo. A estrutura metálica foi usada como sistema estrutural, tendo no desenho dos pilares uma característica singular da casa.
A casa é constituída por duas lajes de concreto armado, sustentadas por oito pilares de aço. O piso é suspenso, suportado por estes pilares, como se a casa flutuasse sobre o terreno. A cobertura é uma laje como a do piso. As paredes externas da residência são de vidro e as internas de madeira. Há uma pequena varanda na entrada com uma elegante escadaria para vencer o desnível entre a varanda e o terraço que, seguindo o alinhamento, agrega mais alguns degraus até o solo.
A residência é bastante criticada devido aos seus problemas de
conforto ambiental. Atualmente ela pertence ao National Trust for Historic Preservation.
O custo total da obra foi orçado em 72.000 USD em 1951, o que equivale a aproximadamente 500.000 dólares de 2005. As despesas adicionais não previstas e conflitos pessoais entre a Dr. Edith Farnsworth e Mies levaram a um processo judicial: Farnsworth alegou que a residência era inabitável. Mies não só concordou com a afirmação como respondeu justificando o projeto como o de uma residência de férias, sendo essencialmente uma experimentação artística. Além disto, Mies conseguiu provar que Farnsworth havia aprovado seus estudos, o que fez com que van der Rohe vencesse no tribunal.
Parte do protesto promovido por Farnsworth contra Mies incluía um apelo nacional para chamar os críticos de arquitetura em seu favor e a denúncia de Mies van der Rohe em publicações de circulação nacional.
Frank Lloyd Wright aproveitou-se da situação para denunciar a casa, o arquiteto, e o International style como um todo, alegando que os "modernistas estavam próximos dos comunistas em sua visão mecânica das necessidades humanas" e eram defensores de um "minimalismo conformista" em todas as coisas.


Texto retirado do site wikipédia.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Barcelona Pavilion from Princedragoncok on Vimeo.


Video: modelado no SketchUp e renderizado no Vray.

Materiais utilizados


"Vidro, aço e quatro tipos diferentes de mármore (traventino romano, mármore verde Alpina, da Grécia antiga mármore verde e dourada ônix do Atlas), foram utilizados em sua reconstrução. Todos da mesma característica e procedência que eles utilizaram originalmente empregadas por Mies em 1929.

A originalidade de Mies van der Rohe no uso dos materiais não radicaliza na novidade do mesmo destino em seu ideal de modernidade que expressava através do rigor em sua geometria, da precisão de sua parte e da claridade de sua montagem."


Retirado do site: http://licerantola.blogspot.com/2008/03/fundao-mies-van-der-rohe.html




Visita virtual



O site abaixo é da fundação Mies Van Der Rohe, que foi criada em 1983 pela Câmara Municipal de Barcelona, com o objetivo inicial da reconstrução do Pavilhão. Além de podermos fazer uma visita virtual ao pavilhão, vale a pena conferir todas as outras informações. As imagens retiradas, também do site, são da planta baixa e da implantação do projeto.

http://www.miesbcn.com

Nazismo e o caráter clásico


Em abril de 1932, quando os nazistas queriam fechar a Bauhaus, Mies transferiu-a, com financiamento do próprio bolso, para um galpão industrial em Berlim-Steglitz. Em julho de 1933, ela foi fechada pelos nazistas. Mies não se considerava uma pessoa politizada. É interessante seu comentário sobre um colega que havia trabalhado para os nazistas: ”Não o desprezo por ser nazista, mas por ser mau arquitecto”.

Os anos de 1930 não foram fáceis para Mies, que não conseguia construir e vivia dos móveis que havia projetado.

"Emigrou para os EUA em 1938, aceitando o convite para dirigir o departamento de arquitetura do Instituto de Tecnologia de Illinois, em Chicago, cujo campus também projectou.

Na posse, foi saudado por Frank Lloyd Wright, que anos mais tarde o acusaria de haver fundado um novo classicismo nos Estados Unidos.

A residência projectada para a senhora Farnsworth, em 1950, valeu-lhe um processo e, em época de caça às bruxas, a acusação de ser obra de comunista.

Mies deu um carácter clássico à sua arquitetura nos Estados Unidos. A sua obra tornou-se mais estática, sem o jogo de diferenças que enriquecia a sua arquitectura anterior. Terminada em 1969, ano da morte de Mies, a Neue Nationalgalerie de Berlim, seu único projecto construído na Alemanha após a II Guerra, comprova este classicismo, embora apresente a mesma conquista espacial de seus projetos anteriores."

Foto: Neue Nationalgaleri, único projecto de Mies construído na Alemanha após a II Guerra.

Retirado do site: http://tipografos.net/bauhaus/mies-van-der-rohe.html

Mies e a Bauhaus

"Mies estava no auge de sua carreira na Alemanha, quando foi convidado para projectar o pavilhão alemão para a Feira Mundial de Barcelona em 1929, hoje ícone da modernidade. Em 1930, ele assumiu a direção da Bauhaus, em Dessau.

Expoente da Nova Arquitectura, Mies foi convidado a leccionar na Bauhaus, fundada pelo seu colega - e crítico - Walter Gropius.

Pertencem a este seu período algumas peças de mobília modernista, onde aplica novas tecnologias industriais, que viriam a se tornar particularmente populares até os dias de hoje, como a Cadeira Barcelona (e mesa) ou a Cadeira Brno.

É desse período o seu projeto mais famoso, o Pavilhão Alemão da Feira Universal de Barcelona: uma estrutura bastante leve, sustentada por delgados pilares metálicos e constituída essencialmente por planos verticais e horizontais.

Após a Exposição, o Pavilhão foi demolido, mas sua importância foi tal que voltou a ser construído na década de 1990, como homenagem ao arquitecto e como símbolo do Modernismo.

Mies parece ter adoptado, a partir dessa altura, a missão de criar um novo estilo e uma nova arquitectura que representasse a época que se iniciava — tal como a Arquitectura Gótica representara a Idade Média.

Tal arquitectura deveria ser guiada por um processo criativo assente em pressupostos racionais. Contudo, tal demanda viria a ser interrompida pela depressão económica e pela tomada do poder pelos Nazis, a partir de 1933.

A escola Bauhaus, financiada pelo governo, seria forçada a fechar as portas devido a pressões políticas do partido Nazista que a difamava como comunista.

Mies van Der Rohe era considerado na altura como um dos membros mais proeminentes da arquitectura vanguardista alemã.

Tal como Gropius, trabalhara no atelier de Peter Behrens e tornara-se famoso nos anos 20 com projectos pioneiros para arranha-céus de vidro."

Retirado do site: http://tipografos.net/bauhaus/mies-van-der-rohe.html


segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ludwig Mies van der Rohe: O Arquiteto


Ludwig Mies van der Rohe, nascido Maria Ludwig Michael Mies (Aachen, Alemanha, 27 de Março de 1886 - Chicago, Estados Unidos, 17 de Agosto de 1969), foi um arquiteto alemão, naturalizado estado-unidense, considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, sendo geralmente colocado no mesmo nível de Le Corbusier ou de Frank Lloyd Wright.

Foi professor da Bauhaus e um dos formadores do que ficou conhecido por International style, onde deixou a marca de uma arquitectura que prima pela clareza e aparente simplicidade. Os edifícios da sua maturidade criativa fazem uso de materiais representativos da era industrial, como o aço e o vidro, definindo espaços austeros mas que transmitem uma determinada concepção de elegância e cosmopolitismo. É famoso pela sua interpretação pessoal, patente na sua obra concreta, dos aforismos, que não são da sua autoria, less is more (em alemão, Weniger ist mehr) e "God is in the details" ("Deus está nos pormenores").

Mies van der Rohe procurou sempre uma abordagem racional que pudesse guiar o processo de projeto arquitectónico. Sua concepção dos espaços arquitetônicos envolvia uma profunda depuração da forma, voltada sempre às necessidades impostas pelo lugar, segundo o preceito do minimalismo, Less is more.

(Wikipédia)

terça-feira, 13 de abril de 2010

O Projeto



Demolido em 1930, logo após o encerramento da “Exposição Internacional” para a qual fora construído como parte da mostra alemã, o Pavilhão de Barcelona de Mies van der Ruhe era, até ser reconstruído em 1986, conhecido somente por meio de desenhos e fotografias em preto e branco. Apesar disso, alcançou rapidamente um status quase mítico: vários historiadores e críticos declararam que era "o prédio mais belo do século".

A tarefa de Mies era difícil, mas aberta: fazer a propaganda, dez anos depois da Primeira Guerra Mundial, das qualidades da Alemanha democrática e culturalmente progressista. O pavilhão deveria, nas palavras do comissário Georg von Schnitzler, dar “voz ao espírito de uma nova era”. A resposta de Mies foi radical. Ao contrário dos pavilhões nacionais convencionais, não haveria exposições de produtos comerciais; somente a estrutura, uma única escultura e os móveis especialmente desenhados – a famosa “Cadeira Barcelona”, originalmente criada para ser usada pelo rei e pela rainha da Espanha na cerimônia de abertura, acabaria encontrando seu lugar em mais espaços corporativos de prestígio do que qualquer outro design.

A ausência de cômodos convencionais permitiu que Mies tratasse o Pavilhão como um espaço contínuo, fundido interior e exterior em um todo único modulado de diversas maneiras pelo plano da cobertura e pelas mudanças de material. O projeto baseava-se na separação absoluta entre estrutura e vedação – uma malha regular de pilares cruciformes de aço entremeada por planos dispostos livremente. Na prática, no entanto, o projeto teve que se adaptar às tradições artesanais do século XIX que perduravam em Barcelona; a estrutura era na verdade um híbrido confuso no qual alguns planos também serviam de apoio. Isto não fez muita diferença, tanto na época quanto hoje: o que se percebe é uma demonstração clara de uma maneira radicalmente nova de construir e de uma concepção espacial igualmente radical.

(Texto de Richard Weston / Plantas, cortes e elevações.)