Páginas

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Conclusões

No trabalho apresentado aprendemos todo um contexto histórico que nos proporcionou entender a evolução da arquitetura moderna, nos apresentando nomes e obras de vários dos principais arquitetos, porém com maior enfoque no arquiteto Ludwig Mies Van Der Rohe, podendo assim compreender melhor sobre sua vida, obra e estilo.

Em conseqüência disso, depois de adquirida algumas informações, decidimos analisar mais à fundo uma de suas principais obras, ícone da arquitetura modera, o Pavilhão de Barcelona.

Podemos observar todo o desenvolvimento dessa obra, através de pesquisas em livros, sites e com a construção de uma maquete, em que podemos assimilá-la da melhor forma, o que, sem dúvida, vai acrescentar à experiência de cada um.

Maquete !



Finalmente pronta !

Pena que não tivemos tempo de comprar o acetato ou algum material que pudesse representar o vidro, como a professora disse, traímos o Mies; mas o resultado final ficou ótimo, já é uma evolução diante das maquetes escolares de isopor ..

Mies, Le Corbusie e Frank




Já em um contexto mais amplo, pode-se nivelar Mies Van der Rohe no mesmo padrão em que estão Le Corbusier e Frank Lloyd Wright. Os três são grandes nomes da arquitetura moderna partem de alguns princípios parecidos, como o minimalismo, a questão da funcionalidade e da planta livre; porém cada um com a sua distinção

No cuidado com a proporção Mies se parece com Le Corbusier, pois buscam de maneira independente reaver as proporções, as medidas não apenas como medidas, mas sim, com todas as suas propriedades quantitativas e qualitativas. A obra de Le Corbusier é baseada no funcionalismo, planta livre da estrutura, fachada livre e acreditava que todas as fachadas deveriam levar sol, por questão até mesmo de salubridade. Mies também parte de um princípio funcionalista e planta livre da estrutura, é uma grande característica dos dois.

Foto: Na oredem, Van der Rohe, Le Corbusier e Frank lloyd, todos com características de utilização de um espaço funcional e da planta livre, porém cada um com estilo próprio.

Porém, existe uma diferença, enquanto Le corbusier é de opinião que a nova arquitetura tem que inspirar-se na produção industrial própria do século XX, define a vivenda como uma máquina de habitar para construir em série. Acredita na construção como uma combinação de escultura e engenharia, eram edifícios moldados, com textura. Enquanto o Mies tinha sua arquitetura leve e elegante.

O sentido minimalista e de espaços fluidos que Mies dá a sua arquitetura também pode ser encontrado na obra de Frank Lloyd Wright, quando se diz respeito ao interior das edificações, possui uma estrutura livre de paredes, permitindo fluidez nos espaços. Uma característica marcantes dos dois é o minimalismo, fachadas limpas e uso de materiais precisos. Frank. Estas casas eram de estruturas horizontalizadas baixas, com telhados inclinados, silhueta simples e limpa, com chaminés disfarçadas, saliências e terraços, utilizando-se materiais rústicos. Aparentemente estas casas são as primeiras a apresentarem o sistema de planta aberta, ou seja, a estrutura é livre das paredes permitindo múltiplas opções de divisões internas. Já Mies costumava utilizar materiais novos, como aço e vidro, característicos da era industrial. A escolha do material era muito importante.

Pavilhão e Casa Farnsworth






Mies projetou o pavilhão de representação como a casa da Alemanha, onde receberiam visitantes do mundo inteiro. É possível até, fazer um paralelo entre o pavilhão e a Casa Farnsworth, apesar de ter sido realizada posteriormente, é notório as semelhanças entre ambos. São utilizados os mesmos ideais, a coberta é apenas uma laje suportada por pilares em aço cruciformes, com estrutura rica em detalhes. Esses pilares são separados das paredes, que quase não são utilizadas, e servem apenas para dividir alguns ambientes.


Fazem uso de grandes esquadrias de vidro que permite a ligação com o exterior e o interior da casa, e possui uma grande fluidez entre os espaços (justamente por conta da pouca utilização de paredes, os elementos normalmente são divididos por um móvel ou até mesmo por um tapete.). Possuem um desnível significativo, o edifício fica elevado, o que os torna mais elegante.

Objeto para si

Ao longo desses dias vimos expondo textos e links interessantes sobre Mies e seus projetos, isso faz parte do objeto em si, que é a forma objetiva e direta (como se deu, porque se deu, quando se deu), sem nenhum tipo de reflexão ou aprofundamento.

Depois de estudo feito pudemos, com as nossas próprias palavras, dizer o que pensamos de todo esse conjunto de informações. Aqui vai um trecho do trabalho:

O depuramento de Mies tornou-se sua maior característica, fazendo de sua arquitetura um objeto de estudo da forma. Sua obsessão era dar vida ao espaço, tornando cada vez mais intenso e puro seu objeto. Usando a superfície plana, integrava o espaço interior de forma contínua

As fachadas de vidro e as estruturas de aço independentes das paredes davam leveza ao ambiente. Mies conseguiu aliar junto ao seu perfeccionismo e disciplina uma arquitetura que unia as formas mais simples da geometria e a transparência do vidro, onde interior e exterior conversam delicadamente. Suas divisórias e mobiliário tem de fato seu pensamento, seu conceito, sua personalidade.

O cuidado com a proporção, a estrutura e o material estão ligados de maneira direta, porém com o passar do tempo os materiais diferenciam-se, mas ainda atendendo à princípios que ele nunca abandona, como por exemplo, a limpeza e clareza nos seus ambientes. O pavilhão de exposição alemão, projetado em1929, é um exemplo disto. É a partir dele que Mies ganha maior notoriedade no mundo, como foi lido no livro Plantas, cortes e elevações de Richard Weston, “vários historiadores e críticos declararam que era "o prédio mais belo do século””.

O edifício nos dá uma sensação de amplitude, de abstração espacial, que é livre de um contexto, essas percepções são possíveis por conta da fluidez do espaço, característica imprescindível no trabalho de Mies.

As fachadas limpas, a leveza, a simplicidade e a elegância da obra, sem dúvida é o que salta aos olhos, tanto para leigos como para críticos estudiosos.

Posteriormente, analisando a obra com alguma experiência, conhecendo o ponto de vista do arquiteto a obra se torna ainda mais fascinante. A escolha dos materiais feita minuciosamente, aliando-se aos espelhos d'água nos proporciona um jogo de reflexos entre visitantes e o pavilhão, além dar um aspecto mais confortável ao ambiente.

É um edifício bem marcante, porém muito sutil, pelas suas formas e pela sua imponência, por está localizado em um plano elevado distante do solo em pendente onde se apóia, como um templo, já os pilares não parecem fazer força alguma para sustentar toda a estrutura. Todo esse conjunto que se encontra em perfeita harmonia, parece estar isento de qualquer rejeição.

O Prêmio de Arquitetura Contemporânea Mies van der Rohe


É o mais importante galardão da arquitetura européia outorgado pela Fundação Mies van der Rohe, entidade com sede em Barcelona e criada em 1983 pela junta daquela cidade, com o objetivo de recuperar o pavilhão alemão desenhado pelo arquiteto Ludwig Mies van der Rohe (18861969) para a exposição internacional de 1929.

Instituído em 1988, o Prêmio Mies van der Rohe foi ganho na sua primeira edição pelo arquiteto português Álvaro Siza, com o edifício Borges & Irmão, em Vila do Conde. O prêmio é atribuído de dois em dois anos, e é fruto de uma parceria entre a fundação e a Comissão Européia.

Wikipédia.

Foto: Edifício Borges & Irmão de Álvaro Siza.

Conjunto habitacional Weissenhof

Um dos principais exemplos do Neues Bauen é a exposição de arquitetura no Weissenhofsiedlung em Stuttgart. Chefiados por Mies van der Rohe, 17 arquitetos de diversos países, entre eles Peter Behrens, Walter Gropius e Le Corbusier, desenvolveram projetos para a mostra de 1927. Mais de 500 mil pessoas visitaram, naquele ano, os 21 prédios da exposição de arquitetura, construída para se tornar um exemplo de morada para o homem moderno das grandes cidades.

Com plantas baixas flexíveis, os arquitetos da Bauhaus tentaram criar aí uma atmosfera saudável, plena de luz e ventilação. Em comum, estavam a superação do ecletismo arquitetônico, a junção da arquitetura com a vida e o emprego de novas técnicas e
novos materiais. Sua arquitetura era cúbica e sem ornamentos. Um mínimo de forma deveria garantir o máximo de liberdade.

Weissenhof caiu em desgraça após 1933. Criticado pelos nazistas como uma “vergonha”, “subúrbio de Jerusalém” ou “cidade de árabes”, a Segunda Guerra lhe poupou a demolição. O conjunto habitacional foi restaurado nos anos de 1980 e recebe, anualmente, milhares de turistas. O mesmo aconteceu com o prédio de Gropius em Dessau: restaurado entre 1996 e 2006, o edifício da Bauhaus é, hoje, Patrimônio Cultural da Humanidade.

Retirado do site : http://www.arqbrasil.com.br/_arqdoc/text/014%20bauhaus_arqalemanha.htm