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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Barcelona Pavilion from Princedragoncok on Vimeo.


Video: modelado no SketchUp e renderizado no Vray.

Materiais utilizados


"Vidro, aço e quatro tipos diferentes de mármore (traventino romano, mármore verde Alpina, da Grécia antiga mármore verde e dourada ônix do Atlas), foram utilizados em sua reconstrução. Todos da mesma característica e procedência que eles utilizaram originalmente empregadas por Mies em 1929.

A originalidade de Mies van der Rohe no uso dos materiais não radicaliza na novidade do mesmo destino em seu ideal de modernidade que expressava através do rigor em sua geometria, da precisão de sua parte e da claridade de sua montagem."


Retirado do site: http://licerantola.blogspot.com/2008/03/fundao-mies-van-der-rohe.html




Visita virtual



O site abaixo é da fundação Mies Van Der Rohe, que foi criada em 1983 pela Câmara Municipal de Barcelona, com o objetivo inicial da reconstrução do Pavilhão. Além de podermos fazer uma visita virtual ao pavilhão, vale a pena conferir todas as outras informações. As imagens retiradas, também do site, são da planta baixa e da implantação do projeto.

http://www.miesbcn.com

Nazismo e o caráter clásico


Em abril de 1932, quando os nazistas queriam fechar a Bauhaus, Mies transferiu-a, com financiamento do próprio bolso, para um galpão industrial em Berlim-Steglitz. Em julho de 1933, ela foi fechada pelos nazistas. Mies não se considerava uma pessoa politizada. É interessante seu comentário sobre um colega que havia trabalhado para os nazistas: ”Não o desprezo por ser nazista, mas por ser mau arquitecto”.

Os anos de 1930 não foram fáceis para Mies, que não conseguia construir e vivia dos móveis que havia projetado.

"Emigrou para os EUA em 1938, aceitando o convite para dirigir o departamento de arquitetura do Instituto de Tecnologia de Illinois, em Chicago, cujo campus também projectou.

Na posse, foi saudado por Frank Lloyd Wright, que anos mais tarde o acusaria de haver fundado um novo classicismo nos Estados Unidos.

A residência projectada para a senhora Farnsworth, em 1950, valeu-lhe um processo e, em época de caça às bruxas, a acusação de ser obra de comunista.

Mies deu um carácter clássico à sua arquitetura nos Estados Unidos. A sua obra tornou-se mais estática, sem o jogo de diferenças que enriquecia a sua arquitectura anterior. Terminada em 1969, ano da morte de Mies, a Neue Nationalgalerie de Berlim, seu único projecto construído na Alemanha após a II Guerra, comprova este classicismo, embora apresente a mesma conquista espacial de seus projetos anteriores."

Foto: Neue Nationalgaleri, único projecto de Mies construído na Alemanha após a II Guerra.

Retirado do site: http://tipografos.net/bauhaus/mies-van-der-rohe.html

Mies e a Bauhaus

"Mies estava no auge de sua carreira na Alemanha, quando foi convidado para projectar o pavilhão alemão para a Feira Mundial de Barcelona em 1929, hoje ícone da modernidade. Em 1930, ele assumiu a direção da Bauhaus, em Dessau.

Expoente da Nova Arquitectura, Mies foi convidado a leccionar na Bauhaus, fundada pelo seu colega - e crítico - Walter Gropius.

Pertencem a este seu período algumas peças de mobília modernista, onde aplica novas tecnologias industriais, que viriam a se tornar particularmente populares até os dias de hoje, como a Cadeira Barcelona (e mesa) ou a Cadeira Brno.

É desse período o seu projeto mais famoso, o Pavilhão Alemão da Feira Universal de Barcelona: uma estrutura bastante leve, sustentada por delgados pilares metálicos e constituída essencialmente por planos verticais e horizontais.

Após a Exposição, o Pavilhão foi demolido, mas sua importância foi tal que voltou a ser construído na década de 1990, como homenagem ao arquitecto e como símbolo do Modernismo.

Mies parece ter adoptado, a partir dessa altura, a missão de criar um novo estilo e uma nova arquitectura que representasse a época que se iniciava — tal como a Arquitectura Gótica representara a Idade Média.

Tal arquitectura deveria ser guiada por um processo criativo assente em pressupostos racionais. Contudo, tal demanda viria a ser interrompida pela depressão económica e pela tomada do poder pelos Nazis, a partir de 1933.

A escola Bauhaus, financiada pelo governo, seria forçada a fechar as portas devido a pressões políticas do partido Nazista que a difamava como comunista.

Mies van Der Rohe era considerado na altura como um dos membros mais proeminentes da arquitectura vanguardista alemã.

Tal como Gropius, trabalhara no atelier de Peter Behrens e tornara-se famoso nos anos 20 com projectos pioneiros para arranha-céus de vidro."

Retirado do site: http://tipografos.net/bauhaus/mies-van-der-rohe.html


segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ludwig Mies van der Rohe: O Arquiteto


Ludwig Mies van der Rohe, nascido Maria Ludwig Michael Mies (Aachen, Alemanha, 27 de Março de 1886 - Chicago, Estados Unidos, 17 de Agosto de 1969), foi um arquiteto alemão, naturalizado estado-unidense, considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, sendo geralmente colocado no mesmo nível de Le Corbusier ou de Frank Lloyd Wright.

Foi professor da Bauhaus e um dos formadores do que ficou conhecido por International style, onde deixou a marca de uma arquitectura que prima pela clareza e aparente simplicidade. Os edifícios da sua maturidade criativa fazem uso de materiais representativos da era industrial, como o aço e o vidro, definindo espaços austeros mas que transmitem uma determinada concepção de elegância e cosmopolitismo. É famoso pela sua interpretação pessoal, patente na sua obra concreta, dos aforismos, que não são da sua autoria, less is more (em alemão, Weniger ist mehr) e "God is in the details" ("Deus está nos pormenores").

Mies van der Rohe procurou sempre uma abordagem racional que pudesse guiar o processo de projeto arquitectónico. Sua concepção dos espaços arquitetônicos envolvia uma profunda depuração da forma, voltada sempre às necessidades impostas pelo lugar, segundo o preceito do minimalismo, Less is more.

(Wikipédia)

terça-feira, 13 de abril de 2010

O Projeto



Demolido em 1930, logo após o encerramento da “Exposição Internacional” para a qual fora construído como parte da mostra alemã, o Pavilhão de Barcelona de Mies van der Ruhe era, até ser reconstruído em 1986, conhecido somente por meio de desenhos e fotografias em preto e branco. Apesar disso, alcançou rapidamente um status quase mítico: vários historiadores e críticos declararam que era "o prédio mais belo do século".

A tarefa de Mies era difícil, mas aberta: fazer a propaganda, dez anos depois da Primeira Guerra Mundial, das qualidades da Alemanha democrática e culturalmente progressista. O pavilhão deveria, nas palavras do comissário Georg von Schnitzler, dar “voz ao espírito de uma nova era”. A resposta de Mies foi radical. Ao contrário dos pavilhões nacionais convencionais, não haveria exposições de produtos comerciais; somente a estrutura, uma única escultura e os móveis especialmente desenhados – a famosa “Cadeira Barcelona”, originalmente criada para ser usada pelo rei e pela rainha da Espanha na cerimônia de abertura, acabaria encontrando seu lugar em mais espaços corporativos de prestígio do que qualquer outro design.

A ausência de cômodos convencionais permitiu que Mies tratasse o Pavilhão como um espaço contínuo, fundido interior e exterior em um todo único modulado de diversas maneiras pelo plano da cobertura e pelas mudanças de material. O projeto baseava-se na separação absoluta entre estrutura e vedação – uma malha regular de pilares cruciformes de aço entremeada por planos dispostos livremente. Na prática, no entanto, o projeto teve que se adaptar às tradições artesanais do século XIX que perduravam em Barcelona; a estrutura era na verdade um híbrido confuso no qual alguns planos também serviam de apoio. Isto não fez muita diferença, tanto na época quanto hoje: o que se percebe é uma demonstração clara de uma maneira radicalmente nova de construir e de uma concepção espacial igualmente radical.

(Texto de Richard Weston / Plantas, cortes e elevações.)