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terça-feira, 18 de maio de 2010

Sobre a estrutura !






Curiosidade de dois pilares: Um é o da Casa Farnsworth e o outro é o do próprio Pavilhão de Barcelona.
O motivo é mostrar a exclusividade que Mies passava para cada um de seus projetos e como, para ele, nada podia ser tão básico quando se está diante dos nossos olhos.
Isso mostra como um simples elemento de suporte, na mão e na imaginação desse gênio, ganha destaque dentro de uma obra que já se destaca sozinha.


Fotos retiradas do site Wikipédia (www.wikipedia.com.br)

domingo, 16 de maio de 2010

Vídeos

Aqui são alguns vídeos que nos ajudaram a compreender a evolução da Bauhaus!

http://www.youtube.com/watch?v=GcABkZf75yk&feature=channel

http://www.youtube.com/watch?v=1ZEobzOmnbs&feature=related




* vídeos retirados do site Youtube.

Fachadas, Planta Baixa e Implantação

Planta Baixa
Implantação

Fachadas

Algumas figuras que usamos para entender como se comporta o Pavilhão!



terça-feira, 11 de maio de 2010

Mobiliários

Logo após Mart Stam ter lançado sua cadeira, Mies van der Rohe apresentou sua versão de cadeiras de consola, na Deutcher Werkbund Exhibition de 1927. Desenhou também uma versão mais ampla e profunda para sala de estar.A cadeira Brno foi desenhada para a sala de jantar na casa "Tugenhat"em Brno, Checoslováquia.Phillip Johnson, arquiteto americano, escolheu a versão com estrutura em aço chato para o restaurante Four Seasons em New York, tornando-a muito popular.Mies criou a Barcelona, considerado por muitos seu melhor trabalho como mobiliário, para o pavilão alemão na exposição de Barcelona de 1929. A base usa a chamada curvascyma recta, uma na cadeira e duas no banco, seguindo a forma da base de um um banco antigo chamado stella cirullis. Assim como Mies inspirou-se em um banco antigo no desenho da cadeira Barcelona, o seu daybedlembra desenhos antigos. Embora inspirando-se em formas antigas, ele criou móveis extraordinariamente modernos e clássicosMais abaixo temos a mesa normalmente referida como Barcelona, que foi na realidade criada para a casa "Tugendhat".





Mies: Estados Unidos


Mies abandonou a sua Pátria em 1937, quando se desvaneciam as hipóteses de continuar aí a sua carreira. Quando chegou aos Estados Unidos, depois de 30 anos de prática na Alemanha, já era considerado pelos promotores americanos do Estilo Internacional como um pioneiro da arquitectura moderna. Em 1947, já o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque lhe dedicava uma retrospectiva. É, de facto, no seu país de adopção que encontra todas as condições para promover de fato suas experiências com uma possível industrialização da arquitetura e da construção: um mercado capitalista muito mais desenvolvido que o alemão, com fortes demandas por novas tipologias imobiliárias e desenvolvimento tecnológico razoável. No entanto, alguns críticos apontam este momento da obra de Mies como um desvirtuamento do projeto social-democrata em curso nos anos da Bauhaus.
Pouco depois de projectar um complexo residencial no
Wyoming, recebeu uma oferta para dirigir a escola de arquitectura do Chicago's Armour Institute of Technology, mais tarde renomeado como Illinois Institute of Technology - IIT ("Instituto de Tecnologia de Illinois"). Uma das condições para a aceitação do cargo consistia em que o projecto para os novos edifícios do campus universitário lhe fosse adjudicado. Alguns dos seus edifícios mais afamados situam-se aí, incluindo o Crown Hall, sede do Departamento de Arquitectura do IIT. Lecionando aí, Mies torna-se também responsável pela gênese de toda uma geração de arquitetos norte-americanos funcionalistas, especialmente voltados para a construção dos arranha-céus demandados pelas empresas do país.
Em
1944, tornou-se cidadão dos Estados Unidos da América, rompendo formalmente os laços com a Alemanha.
Os trinta anos de carreira que se seguiriam são considerados os anos da sua maturidade criativa, sendo o período em que desenvolveu esforços mais consistentes na prossecução dos seus objectivos para a nova arquitectura do
século XX. Fez convergir o seu trabalho para a definição de largos espaços "universais" inseridos em suportes estruturais claramente ordenados, recorrendo a molduras de perfis manufacturados preenchidas com tijolo ou vidro. Os seus primeiros projectos para o campus da IIT e para Herb Greenwald revelou ao mundo arquitectónico norte-americano um estilo que parecia o resultado natural da progressão do estilo da Escola de Chicago, então um pouco esquecida.

Entre 1946 e 1951, Mies projectou e construiu a icónica Casa Farnsworth, uma casa de fim de semana que deveria servir de retiro, nos arredores de Chicago, para a médica Edith Farnsworth e que se tornaria uma das principais obras de referência da arquitectura moderna. Aqui, Mies explorou a relação entre o indivíduo, o seu abrigo e a natureza. A casa concretiza a visão amadurecida de Mies para o que deveria ser a arquitectura da sua época: uma estrutura minimalista limitada à pele e esqueleto do edifício, usando materiais que representavam os novos tempos, permitindo a definição de um espaço ordenado de forma clara, simples, inteligível e fluida, com uma disposição que sugerisse liberdade de utilização. O suporte estrutural rigorosamente concebido e as paredes totalmente de vidro definem um espaço interior cúbico simples, permitindo que a natureza e a luz o envolvam de facto. Este pavilhão de vidro ergue-se cerca de 1,5 m acima da planície aluvial do rio Fox e é rodeado por florestas e prados. Um núcleo de painéis de madeira, para arrumações, cozinha, lareira e casa de banho está posicionado neste espaço aberto de forma a definir a área de estar, comer e dormir sem a necessidade de recorrer às típicas paredes e quartos individualizados. O invólucro de vidro não tem qualquer género de partição. Cortinados a toda a altura, dispostos por todo o perímetro permitem a privacidade necessária, quando desejada. A casa tem sido descrita por muitos como "sublime", "um templo pairando entre a terra e o céu", "um poema", "uma obra de arte". A influência desta obra pode verificar-se pela quantidade de "casas de vidro" modernistas, das quais a mais notável talvez seja a de Philip Johnson, localizada junto de Nova Iorque, pertencente actualmente ao National Trust for Historic Preservation.

Em 1958, Mies van der Rohe projectou o que veio a ser considerado por muitos como o auge da arquitectura funcionalista para arranha-céus: o Edifício Seagram (FOTO), em Nova Iorque. Mies foi escolhido para o projecto pela filha do cliente, Phyllis Bronfman Lambert, que também tinha alguma notoriedade no meio aquitectónico dos Estados Unidos. O edifício tornar-se-ia um ícone representativo do poder crescente das corporações empresariais, que viria a definir o próprio século XX.
Numa decisão audaciosa e inovadora, Mies revolucionou o padrão construtivo novaiorquino ao deixar livre metade do terreno dedicado à obra, definindo uma praça com fonte para usufruto público em
Park Avenue em frente ao edifício que se assumia como uma leve estrutura de metal e vidro. Ainda que hoje esta seja uma solução arquitectónica largamente aclamada, Mies teve de convencer os gestores da família Bronfman de que a ideia de libertar espaço em frente ao edifício era, não só viável, como benéfica para a imagem da companhia. O projecto caracteriza-se por uma cortina de vidro, com perfis de bronze a cobrir a estrutura de aço.
Philip Johnson participou na selecção de materiais interiores e no projecto da praça, sendo também o autor do faustoso restaurante "Four Seasons". O Edifício foi ainda pioneiro na construção "
fast-track", em que a execução das fases de desenho e construção é simultânea, de modo a terminar mais rapidamente a obra. O protótipo do Edifício Seagram foi posteriormente adaptado em vários arranha-céus de escritórios modernos como no Dirksen and Klusinski Federal Buildings, no Post Office (1959), na Praça IBM em Chicago, no Toronto-Dominion Centre em 1967, em Toronto, e na Westmont Square, em Montreal.

Mies projectou ainda uma série de apartamentos em altura, destinados a famílias da classe média, para o construtor Herb Greenwald e para seus herdeiros, após sua morte prematura numa queda de avião. As torres Lake Shore Drive 860/880 e 900/910, junto à costa lacustre de Chicago, com fachadas de vidro e aço, constituíram uma completa reviravolta na construção de apartamentos, tipicamente construídos com tijolo. É interessante notar que o próprio Mies considerou as unidades habitacionais demasiado pequenas para si, tendo continuado a viver noutro luxuoso apartamento, relativamente perto deste conjunto de edifícios. Também estas torres se tornaram num protótipo para outros projectos de unidades de habitação colectiva, desenhados pelo atelier de Mies.
De
1951 a 1952, o atelier foi responsável pela construção da Casa McCormick, uma estrutura de tijolo, aço e vidro, localizada em Elmhurst, Illinois, a 15 milhas a oeste do Chicago Loop), para o construtor Robert Hall McCormick Jr. Constitui, de facto, uma versão de um só andar da cortina de vidro do conjunto 860-880 das torres de Lake Shore Drive e serviu como protótipo para uma série de projectos especulativos, nunca construídos, para Melrose Park, no Illinois. A casa faz parte, hoje em dia, do Elmhurst Art Museum.

O último trabalho de relevo de Mies foi a Neue Nationalgalerie em Berlim, que é considerado uma das mais perfeitas expressões da sua abordagem arquitectónica. O pavilhão superior é constituído por uma estrutura precisa de aço com invólucro de vidro, que na sua simplicidade revela perfeitamente a força estética e funcional das ideias de espaço interior flexível, aberto e sem cargas desnecessárias impostas pela ordem estrutural externa.
Mies teve um papel relevante enquanto educador no âmbito da arquitectura. Acreditava que as suas idéias podiam ser ensinadas de forma objectiva. Trabalhou intensivamente em soluções prototípicas que poderiam ser aplicadas de forma livre pelos seus discípulos, adaptando-as a situações específicas, sob a sua supervisão. O facto de nem sempre se terem conseguido, assim, obras de qualidade aceitável levou Mies a considerar que existia alguma falha na sua teorização em relação à nova teoria, que deveria ser facilmente aplicada a novas situações.


Texto retirado do site wikipédia.

Formação

Quando jovem, trabalhou na empresa de cantaria do seu pai, antes de se mudar para Berlim onde começou a trabalhar com o designer de interiores Bruno Paul. Em 1908 ingressou no estúdio do proto-modernista Peter Behrens, do qual se tornou discípulo. Aí permaneceu até 1912, entrando em contacto com as teorias de design em voga e com a cultura alemã progressista. O seu talento foi rapidamente reconhecido e começou desde cedo a receber encomendas apesar de não ter graduação académica formal. Com uma presença física impressionante e com modos reticentes e ponderados, Ludwig Mies decidiu reformular o seu próprio nome de modo a adequar-se à rápida mudança de estatuto, de filho de um comerciante para arquitecto reconhecido pela élite cultural berlinense, acrescentando o sobrenome, de ressonância aristocrática, "van der Rohe".
Começou a sua carreira profissional independente projectando casas para clientes de classes altas. Seguia então estilos domésticos da tradição alemã, demonstrando profundas influências do mestre do
neoclassicismo prussiano do início do século XIX, Karl Friedrich Schinkel, de quem admirava as grandes proporções e os volumes simples e cúbicos, ao mesmo tempo que controlava as novas possibilidades estruturais decorrentes do avanço tecnológico e se libertava dos tiques ecléticos e desordenados do classicismo, próprios do virar do século.
Depois da Primeira Guerra Mundial, Mies começa, pois, a afastar-se dos estilos tradicionais e a receber influências do neoplasticismo, formado em 1917, e do construtivismo russo, que nele fazem germinar o espírito modernista, em busca de um novo estilo arquitectónico para a era industrial.
Os estilos tradicionais há muito que eram alvo de críticas dos teóricos progressistas, principalmente pelo seu uso de ornamentações sem qualquer relação com as estruturas modernas de construção dos novos edifícios. Tais críticas receberam especial credibilidade com o desastre da
Primeira Guerra Mundial, considerada então como o falhanço da liderança imperial européia. O revivalismo clássico foi então repudiado por muitos, ao ser identificado com a arquitectura do sistema aristocrático, agora em descrédito.
O seu estilo começa, então, a patentear influências como o
Expressionismo, o Suprematismo, o Construtivismo russo (construções escultóricas e eficientes, usando materiais industriais modernos) e o Grupo holandês De Stijl. Bruno Zevi identifica o Pavilhão de Barcelona como a súmula deste movimento, ao descrevê-lo como "Painéis de travertino e mármore, lâminas de vidro, superfícies de água, planos horizontais e verticais que quebram a imobilidade dos espaços fechados, rompem os volumes e orientam o olhar para vistas exteriores". Foi também influenciado por Frank Lloyd Wright, com os espaços fluidos próprios do estilo presente nas suas Casas da Pradaria.
De forma ousada, abandonou por completo a dependência de qualquer ornamentação e, em
1921, projectava um impressionante arranha-céu de vidro e metal, seguindo-se uma série de projectos pioneiros que culminariam no Pavilhão Alemão de Barcelona, estrutura temporária para a exposição de 1929 (reconstruído actualmente na sua localização original), e na Villa Tugendhat em Brno, terminada em 1930, onde utilizou superfícies de cimento armado. Entre 1918 e 1925 participou do Novembergruppe, um grupo de industriais que atuaram como mecenas para uma nova geração de arquitetos dedicados à divulgação da arquitetura moderna). Durante esse período trabalhou em proximidade com Lilly Reich.
Em Julho de
1923, participou no primeiro número da Revista G (abreviação de Gestaltung), onde se mostra menos ligado aos princípios expressionistas e mais voltado para a objectividade construtiva. Ganhou, igualmente, proeminência no universo da arquitectura ao ser convidado pela Deutscher Werkbund para planear o complexo habitacional modernista Deutsche Werkbund Weissenhofsiedlung, em Estugarda, além de um grupo de edifícios residenciais na colina de Weissenhof, para uma exibição aberta ao público durante o verão de 1927.
Em termos políticos, o período alemão de Mies caracteriza-se pela militância
socialista, bem ilustrada pelo seu projecto para o Denkmal für Rosa Luxemburg und Karl Liebknecht (Monumento a Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht), onde o Partido Comunista pretendia homenagear os seus heróis. O monumento, construído graças ao dinheiro obtido pela venda de postais com o modelo do projecto, constava de um memorial constituído por tijolos irregulares, compostos em volumes paralelepipédicos formando um muro de 12 metros de comprimento, 4 metros de largura e 6 metros de altura, lembrando todos os que morreram fuzilados, contra paredes, lutando pela Revolução. O monumento foi posteriormente demolido pelas forças nazistas. Apesar disso, quando de seu posterior cargo de direção na Bauhaus, foi um dos professores que determinuou a expulsão dos estudantes de orientação comunista daquela instituição, os quais começavam a incomodar os governos locais, além de alterar os rumos políticos que a escola tomava, desviando da proposta anterior de Hannes Meyer, mais politizada.
Texto retirado do site wikipédia.

Residência Farnsworth: Uma das principais obras de referência da arquitectura moderna projetada por Mies.



A residência Farnsworth (como é conhecida, devido ao seu primeiro proprietário, mas também chamada por alguns como a casa de vidro de Mies van der Rohe) está localizada na cidade de Plano, Illinois, nos EUA.
A residência foi projetada pelo
arquiteto moderno Ludwig Mies van der Rohe e é considerada por alguns de seus críticos sua obra máxima: nela ele pôde aplicar uma série de conceitos nos quais estava trabalhando em toda a sua carreira.
As principais características do projeto são a transparência (resultado do intenso uso da vedação em vidro), a fluidez dos espaços e a aparentemente inexistente conexão público-privado. Seu desenho é composto por linhas mínimas, uma linguagem de planos superpostos e a ilusão de que ela está flutuando sobre o solo. A estrutura metálica foi usada como sistema estrutural, tendo no desenho dos pilares uma característica singular da casa.
A casa é constituída por duas lajes de concreto armado, sustentadas por oito pilares de aço. O piso é suspenso, suportado por estes pilares, como se a casa flutuasse sobre o terreno. A cobertura é uma laje como a do piso. As paredes externas da residência são de vidro e as internas de madeira. Há uma pequena varanda na entrada com uma elegante escadaria para vencer o desnível entre a varanda e o terraço que, seguindo o alinhamento, agrega mais alguns degraus até o solo.
A residência é bastante criticada devido aos seus problemas de
conforto ambiental. Atualmente ela pertence ao National Trust for Historic Preservation.
O custo total da obra foi orçado em 72.000 USD em 1951, o que equivale a aproximadamente 500.000 dólares de 2005. As despesas adicionais não previstas e conflitos pessoais entre a Dr. Edith Farnsworth e Mies levaram a um processo judicial: Farnsworth alegou que a residência era inabitável. Mies não só concordou com a afirmação como respondeu justificando o projeto como o de uma residência de férias, sendo essencialmente uma experimentação artística. Além disto, Mies conseguiu provar que Farnsworth havia aprovado seus estudos, o que fez com que van der Rohe vencesse no tribunal.
Parte do protesto promovido por Farnsworth contra Mies incluía um apelo nacional para chamar os críticos de arquitetura em seu favor e a denúncia de Mies van der Rohe em publicações de circulação nacional.
Frank Lloyd Wright aproveitou-se da situação para denunciar a casa, o arquiteto, e o International style como um todo, alegando que os "modernistas estavam próximos dos comunistas em sua visão mecânica das necessidades humanas" e eram defensores de um "minimalismo conformista" em todas as coisas.


Texto retirado do site wikipédia.